27.11.13

Vida e brevidade

Vida e brevidade
Um motoqueiro vinha veloz e atravessa a encruzilhada
Atrás do Centro de Referência da Música Carioca Artur da Távola,
Um carro expresso como um café quente,
Dirigido por uma loira mulher, assustada com o estrondo!
Sai do carro.
Um grito anterior emerge no ar.
Claro, o meu, e finca como um poste pairado.
Cai o motorista com um pedaço vermelho de sua moto no chão.
Pálido,
Branco,
E careca.
Novo, penei,
Poderia ser o meu filho de 25 anos,
O seu filho!
Ele pergunta:
-Eu estava errado?
E prontamente o monitor de auto-escola presente diz:
-Sim, você estava errado.
A Loira, saiu do carro, olhou com a cara de cão, para a sua lateral lataria, o seu qualquer carro, ou marca e resmunga:
-...(deveria ser grunhido, porque não entendi bem, pela leitura labial)
Entra no carro e vai embora.
Nem se aproxima da vítima, que caiu e levantou tão rápido?
-Tá bom de saúde.
Foi-se a motorista...
-Vai ao médico meu filho e ele responde:
- Eu estava de capacete.
É, penso aqui com meus botões apertados...
Onde foi parar o tal valor do ser humano: respeito, solidariedade, amor e tantas coisas e sentimentos vívidos, nessa época do Natal?
-Clicou a tecla sapecar e foda-se!
Sinceramente, quem está errado de verdade?

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2013, Diana Balis.
Diretamente do restaurante da Dona Maria, de onde sai uma excelente empada de camarão. 
Bom dia!

1 comentário:

  1. Meu amigo! Que lindo aqui. cultura sempre..., AMEI. Seguindo com muito gosto e compartilhado com alegria. Viva a cultura sempre... Abraços iluminados,,,

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