20.11.09

não me venham dizer que o amor é coisa de linguística!
ou parábola invertida.
ou arte chinesa em depressão
o amor é um tanto de cada vez.
primeiro o coração, só depois as mãos. assim. repetidamente.
assim: o coração no centro do rectângulo.
onde cabemos inteiros. pai e filho no mesmo corpo.

Não me digam que o difícil é o talento de mergulhar num espelho.
Nem sequer guardar a felicidade numa lata vazia nos fará intemporais

novos continentes estão por existir ao redor do silêncio
e nada pior do que um muro a subir em bicos de pés
quem ama tem o seu deus em dia
e
sem que o amor saiba quem ele é
em ignorante verdade vos digo:
para amar basta sabermos estancar os pequenos rios!

1 comentário:

  1. Até era um crime ver um poema destes sem nenhum comentário!
    E não me venham dizer que não é merecedor de um grande elogio...

    Obrigado pelo convite, estou a gostar imenso de por aqui me perder em leituras.

    Beijo

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