24.12.09

Ela sonhava como os rios
E no percurso das águas nasciam filhos
Que mais tarde lhe vinham acordar ao mar revolto

Ela costurava os seus vestidos
Com o fio de uma extensa lágrima
Para depois de pronto ver-se no fim de tudo

Ela sabe que o sonho tem horas
Que é o tempo fechar os olhos
e acordar primeiro que as galinhas

Mas quando fazia colares de amoras
Para que os homens pudessem falar dela
Era então que uma estrela lhe nascia
algures entre o sexo e o peito

Sem comentários:

Enviar um comentário