11.8.13

Quente inverno

Quente inverno Quente inverno

Um frio no semiárido gosto.
O cobertor da família farta.
Descaso de Deus ou do Padre?
As verdades servidas frias à mesa.
Sem água, sem comida, sem terra.
Casa, eles têm.
Feita de taipa com madeiras atreladas e cobertas pelo barro vermelho por suas mãos.
Um Lobo uiva e sopra...
Ruiu,
Bruniu,
Fugiu.
Todos foram para a Cidade de São Paulo.
O inverno quente da estrada morta.
Um novilho exposto ao chão, pedinte de enterro.
Feche os olhos dos meninos.
Dizem que a selva é de pedra aguda.
Um luar de bola cheia,
Ilumina os cantos dos olhos.
Um ser vivo que sofre,
Vive de esperanças.
O pai segue carregando seus filhos e o menor no colo à chorar.
Um deles, um dia, comenta: deverá ser professor.
É ali, aonde mora a verdade dos fatos, que nasce a esperança.
-Educação, não é tudo??

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2013, Diana Balis. Feliz dia dos pais, com esperança.






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