bom dia filomena!
bem sei que ainda é manhã cedo. mas o sol que nasce para lá da janela já despontou. já abriu vida dentro dos teus olhos. talvez tu e o sol tenham um acordo secreto para acordar: tu abres os olhos e o sol descobre a vida para ti – é manhã. e todas as manhãs abrem. como abrem as tulipas presas a moinhos de vento. arrancadas à força da terra para poderem espalhar cor pelo ar. e conquistar às feições palavras de confiança que inventas para fazeres o mundo feliz – hoje. na minha janela só há sol porque tu acordaste a ler – se tu soubesses como as palavras são capazes de fazer sol – talvez saibas – eu é que nunca soube que as palavras podem sempre ser mais bonitas quando ditas como flores: com cor. com aroma. com alegria de quem sabe que apenas nasceram para dar sorrisos aos dias – filomena quer dizer amiga da música. dizem os livros que foram os gregos que inventaram o teu nome. acredito. acredito porque sempre ouves os sons escondidos nas letras que deixo em papel comum. acredito porque já te ouvi trautear palavras que apenas eu conheço. acredito porque sempre me falas com a harmonia dos sentidos. às vezes as palavras são música. ouço. outras a música é todas as palavras que guardo para mais tarde fazer escrita. sorrio – não sei se tens alguma ilha com o teu nome. um mar. uma estrela. um quadro. um caminho. não sei. e também já não me interessa. agora tens estas palavras. chamam-se filomena
foto - sampaio rego
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