Oh! flor do céu! Oh! flor cândida e pura!*
Encontrei-te no meio do meu paraíso,
No inferno do sanatório, loucura!
És rosa branca dos meus sonhos paradiso
Oh! Menina flor! Oh! Doce Inocência!
Subtrai a paz dos meus desejos insanos,
Eu! Meu purgatório da consciência,
Meus olhos te desnudam, sonhos profanos
Capitu! Alma de menina, minhas sinas!
Sou homem maduro que tu alucinas,
Das minhas entranhas nasce um canalha
Lutando contra sua pureza, tentação!
Aniquilando minh’alma, extrema-unção!
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!*
*versos de Machado de Assis, do seu soneto inacabado.
Helen De Rose
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