E de lá, tão longe, penso nos olhares molhados, no coração apertado, estufado simulacro da paixão.
Como saber a distância ao certo, tudo está tão perto?
O olho aberto no entardecer vê o peso da viagem.
Vou ao deserto visitar por certo, o moço selvagem.
Ir à praia e abandonar-me desnuda em sedentas ondas revoltas.
Caminhar descalça e entrar pela Estrada Real, cavar terras,
Enrolar-me na lama,
Infiltrar-me em túneis e cavernas,
Ficar sentada vivendo a vida a mirar-me.
Refletora, incendiada,
Sentindo saudades de lá!
Diana Balis, Trancoso, 1986.
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