Corro no trem que bloqueia todos os transeuntes,
Olho pelas janelas e vejo as árvores cortadas, todos os troncos, todos os galhos, tudo ao chão!
Vejo os morros e pedaços inteiros de pedras caídas, caídas?
Museus em obras, praças em obras, vida de obras.
Um olhar noturno e soturno para a Lua que quer ser cheia.
E deseja ser.
Meninos de mochilas acusados de que?
Roubar, matar, e proibidos de trabalhar aos 12 anos? Educação é saúde!
Funk, bailes, vans, motoristas, bebidas...
Tudo servido em seu bairro,
Tudo é proibido, proibido é o ir e vir.
Segregar pode?
O lado cego do motorista, os desastres de ônibus, caídos, atormentados, agressivos...
Os ônibus lotados, os locais sem sinais, os locais sem retornos,
O Rio deveria ser melhor sem pedestres? Só com os carros de luxo?
Cidade Maravilhosa.
Sem árvores, sem violências, sem guerras nas favelas?
Muitas construções novas, e corporações de capital estrangeiro.
Muito político com dinheiro nas Ilhas Desertas. Ilhas e malas, navios e malas, malas cheias de dinheiro do povo brasileiro.
Muita viagem.
Seu destino entrelaçado com os ricos. Jamais.
Cidade mais cara do Brasil?
É isso que espero de minha Cidade?
Acho que não desisti.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2013. Diana Balis
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