A vida passa e as coisas estão apenas recomeçando.Remoendo pedaços de panos, recortando gravuras, tecendo teias,
a vida em pedaços, caminha lentamente nessa tarde sem sol.
A trilha depositária de folhas secas no chão úmido, empoçada e repleta de lama,
a terra batida sem sentido.
O caminho incluindo os desejos...
Os tijolos perderam-se no tempo.
O morro apenas abre a passagem dos ruídos das búfalas que dão leite.
E delas beberemos fazendo o queijo e a coalhada.
O triste céu nublado satisfaz ao Húngaro que passeia nessa terra, apenas gozando de férias.
E nós boquiabertos com sua felicidade de templário.
Risos no corpo branco, como neve está a caminho do mar.
Como saber o gosto desse outro?
Apenas dizer sim com os olhos e sorrisos.
A boca quase nunca é aberta.
Ser de comunicação aparente, brinca com o silêncio das palavras nem ditas, como um anúncio ou por murmúrios.
O riacho nascente entre as pedras é mesmo feliz!
E eu, adivinho pensamentos?
Porque perder tempo se te amo?
Diana Balis
Rio de Janeiro, 9de agosto de 08
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