Uma vida fora do tempo
No caminho de Trancoso
Ossos e caranguejos mortos
Subo no coqueiral
Uma tempestade de leituras
Os bancos da Igreja rodopiam vertigens da atriz
Vaga-lumes iluminam os caminhos até o pier
Balsas vêm e vão
Os visitantes estão ansiosos, esses conhecidos...
As árvores, os índios, os laços, foram embora
Um telhado desfeito e roubado
Invadiram a alma da atriz
Deram a uma mulher que depenava frangos.
A capoeira já foi para a Europa
Os nativos foram embora...
As casas derrubadas para construção de estradas
Caraíva virou a sensação
Do pier restam restos
Madeiras envelhecidas entre as ondas do mar
Ondas arrebentam forte
Os corpos nus ficaram para na imaginação de quem não viu
Atrás da Igreja no quadrado,
Brilha a lua entre olhares distantes do rito
Nem revelam vidas
Vingou, nasceu e cresceu ali
E nem era para ser duradouro
Mas...
Nunca deixou de ser permanente lembrança.
Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2015. Diana Balis em lembranças de Trancoso, Sul da Bahia, Porto Seguro, Brasil.
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