24.11.09

Tenho fome



TENHO FOME

Tenho fome de justiça,
De dizer não á violência,
E saciar-me é não precisar
De polícia.

Tenho fome pela fome
Que atinge milhares
Abandonados pela sorte
E as encontro fortes
Por viverem á espera
Das migalhas.

FARINHA E ÁGUA NÃO SÃO
COMIDA DE CRIANÇA!

Tenho fome de cultura,
Como eu, muitos jovens
Não tiveram formatura.

E ISSO NÃO MUDA!

Tenho fome de liberdade
Para os povos envolvidos
Em guerras que explodem
E matam sem piedade.

PAZ!

Tenho fome de calor,
Um cobertor não esquenta
A madrugada dos seres
Humanos habitantes das
Calçadas.

Tenho fome por não encontrar
A saída, pois sozinha e indefesa,
Sou como os velhinhos nas ruas
Trabalhando sem descanso e sem
Aposentadoria.

Tenho fome porque sou uma voz
Na multidão,
Ecoando perdida, e sei que
Jamais serei ouvida.


2 comentários:

  1. olá tânia!
    grato por aceitar em fazer parte desta casa.
    o seu poema gritou.
    saudações poéticas

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  2. Obrigada Flávio! Uma honra participar
    com tantos poetas Lusos. Espero estar
    á altura dos colaboradores aqui presentes.

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