14.1.10

Auto-Estima Corroída

Espero e desespero cansado da vida
Desassossegos de uma chegada tardia,
Não era este o rumo, é mísero…
É sombra que morde o que eu crio.

Sol que nasce para seres altivos
Apenas eu estou cativo de mal sombrio,
Castiga-me e tira-me a emancipação!
Sou ninguém e nada em plena conspiração,
Atrás de mim só existe abismos apelativos.

Causo dor naquilo que me transforma
Inato, factual, submisso a mim mesmo,
Meu gume de sofrimento é preciso,
Minha dor é um constante aviso,
Prenúncio agonizante da condição humana.

Saltam à vista feridas que ardem
Um fogo destrutivo que procura roupagem,
Eu me ofereço, rendido ao silêncio,
Procurando morrer na certeza que venço.

Sem comentários:

Enviar um comentário