22.1.10

TEU SILÊNCIO ME BEIJA


TEU SILÊNCIO ME BEIJA
Ausência de sons incendeia meus tímpanos

Como se a implorar fossem pela tua presença

Nem tua sombra aparece revestida em panos

E o aquietamento de teus lábios é descrença
Mesmo distante, ainda, causas incuráveis danos
Rezo outras cartilhas, aparto tuas desavenças
Visto templos de deuses pagãos e tão profanos
Não distingo entre tantos credos, a tua herança
Eu regulo minha exatidão... Teu silêncio me beija
E os lábios sorvem a saudade, doce-fel mortal
Ainda sou aquela alma açoitada e mui andeja...
Quero festa com acordes musicais em brados
Renúncias, dissabores... Esquecidos em festival
Para que tua foto seja colada em outros quadros










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