8.2.10

Dissertação patética sobre um pormenor idiota

Sabe, custa-me imenso a começar um texto. Não sei bem porquê, mas acontece-me que nunca encontro o modo certo de o fazer. Sempre que me sento decidida a escrever e digo para mim mesma: menina, hoje é que vai ser! Mas é sol de pouca dura porque logo me esmoreço. É que não me vem aquele impulso certeiro que me dê aquela satisfação interior. Sabe como é...
Se lhe disser que às vezes tenho um monte de coisas na cabeça, que se atropelam até umas às outras e que quase me lançam um ultimato para que as materialize num papel ou em qualquer outra coisa que sirva para escrever. Mas, sabe,é que não encontro uma ponta solta na qual me possa agarrar com firmeza e me deixe desenrolar até ao fim o novelo das minhas ideias, acredita? Pois pode acreditar que sou eu que lho digo! Por isso, não o faço. Acalmo a custo as minhas ideias com promessas de que virão à luz do dia com o glamour que merecem e aguardamos resignadas pelo clic de um começo perfeito... como quase nunca me ocorre ideia alguma para esse tal começo, não escrevo nada e pronto!
Mas hoje foi diferente. Fintei o meu texto com este início manhoso... e não é que me está a correr bem?! Pois pode crer que está mesmo. Sinto-o! Era mesmo disto que eu queria falar já faz algum tempo e que me andava aqui aos trambolhões na caixinha das ideias. Idiotices de quem se pensa diferente, pensará talvez... Mas afirmo-lhe que não é nada disso. Só quis falar disto hoje, para que soubesse o tormento que passo! Que quer?...
Desculpe a maçada, mas era só mesmo isto que hoje tinha para lhe contar. Prometo que amanhã falarei de outra coisa!

1 comentário:

  1. Mas penso que seja assim...
    quem se envolve
    com a palavra
    esta sujeito.
    Mas é tão bom
    sempre.
    Linda semana.
    Bjins entre sonhos e delírios

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