8.2.10

Por que não olhas pelas criancinhas, pá? Por que não estás onde devias estar? Por que não respondes quando te perguntam? Deus, que conversa vem a ser essa de andares para aí a dizer que uns se salvam e outros não? Quem te fez assim tão ventoso que por vezes nem te escuto? Responde, pá! Inventaste os super-heróis para fazer serviço extra? Mandaste os poetas para a terra despachar certos assuntos que não ousas falar? Deus, e o amor? Responde, pá! Serás tu o nosso Deus bandido? Será o teu silêncio a maneira romântica de seres alguém? No fundo admiro-te, pá, porque, embora triste e olhar distante, mãos deprimidas,  eu sei que tens as costas largas.

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