16.7.10

A morte das palavras

               Estudo do homem verde - Alexandre Gomes Vilas Boas - Brasil

teus olhos nasceram para lá da montanha
ainda não enxergaste
leste o aroma das palavras
as primaveras
mas o tempo
é sempre tão enorme
e o outono tão diferente
as folhas caem com o grito do vento
no chão
resta apenas o homem
come uma côdea de pão
azeda pela mudança do tempo
com as primeiras chuvas
o lamaçal
pelo meio o poeta
sem lágrimas
apura a memória
sabe que será pó
ainda antes do inverno

José Luís Lopes

2 comentários:

  1. boa tarde!
    já tinha tido a oportunidade de ler este poema no lusopoemas e gostei, sim, gosto deste imaginário, desta construção de filme mental.

    grande abraço!

    p.s. estamos a tratar da questãoi da revista, com previsão de sair em setembro\outubo, por causa das férias.

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  2. Abraço caro amigo.

    Será um sucesso essa revista, se assim não acontecer, por arte dos demónios, fazemos uns jantares para matar a dor dos "poetas" e afogar a mágoa numa cerveja fresquinha

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