4.9.10


Em suspenso pelo fino fio da lembrança, ostentava no pensamento um pequeno pedaço de vida amarelecido pelo tempo que lhe desenhara traços de encanto, despertando sentimentos até ali desconhecidos. Coisas que os olhos não vêem, mas que a alma sente quando tocada pela sensação de vivências adormecidas ao longo de uma vida que se diluiu no éter em menos de nada, ressequindo-nos aos poucos e da qual sobraram pequenos cristais que brilham sempre que o cérebro se desliga do presente e se transforma numa tela mágica onde só passam as imagens do que desejamos, arquivadas na gaveta das relíquias de valor inestimável. É esse o tesouro da conquista pela sã harmonia do"eu"em constantes desassossegos motivados pela luta diária que só no fim nos apercebemos, girar em torno de coisa nenhuma!...


2 comentários:

  1. Muito obrigado JLL.
    Lá por não nos termos encontrado muito nestes ultimos tempos, não quer dizer que te não leia e te goste como dantes, meu amigo.

    Beijo

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