21.1.11

Cariocas

Comentar as flores que crescem junto às pantorras
e os olhares ao mar.
Sentir o grão na tarde e viver a suavidade dos gestos.
Imaginar canteiros inteiros de girassóis
e flutuar amenizando a saudade.
O sol quente difere da neve que toca a Ilha desertora do calor.
Levanta a manhã na poeira do tempo sem vertes.
O Rio de Janeiro mostra suas expostas marcas.
As bolhas de ar emergem em gotas tênues.
O sol devora o gosto do corpo moreno,
esquecido no colo sedento dos dissabores.
O lugar enaltece a bondade.
As mulheres beijam-se na água verde do mar.
As cariocas são mulheres que se deitam no doce sabor do querer.

Diana Balis, Rio de Janeiro, Ipanema, 20 de janeiro de 2011.

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