Nada tenho para dizer que noite esta
O cansaço tolhe-me as ideias
Mas escrevo ás telhas do telhado
Imagino que elas são colmeias
E que a vida é húmida floresta
Assim lhes escrevo um verso inacabado
Junto ás rimas o calor e o acto de amar
Salpico-as com uma esperança arredia
Canto baixinho um refrão
Desejo que ao despertar o novo dia
Desperte também em mim um novo olhar
Brote com o sol a confiança em combustão
Antónia Ruivo
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