21.11.09

Deslizo sem tempo de espera

Deslizo sem tempo de espera
em falésias onde o perigo
chama,
reclama, implora
por meus gemidos,
gritos, arrepios.

E aí vou eu
sem roupas
que me tapem as fraquezas,
nem nexo
que me tolda os sentidos,
sem asas
para não sobreviver
a feridas,
a sangue…
a dor sem lágrimas.

Depois…
rodopio a vertigem,
seguro-me nas franjas da saudade
e…placidamente
suspiro
por te ter perdido
naquela mesma falésia
que o tempo esculpiu.

5 comentários:

  1. olá maria anselmo
    grato poet ter aceite o convite.
    esta casa será construida com palavras que o "tempo esculpiu".
    bom domingo.

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  2. Rosinha
    Não perdeste...
    Ganhaste um belo poema que te ofereceu a inspiração!

    Beijo

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  3. Obrigada Flávio, vamos esculpindo as palavras com o tempo.
    Um excelente domingo para ti e todos os poetas desta casa.
    beijinhos
    Rosa

    Cleo querida
    sempre doce nos teus comentários.
    um enorme beijinho
    Rosa

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  4. um poema muito bem conseguido!
    obrigado pelo momento em que o li e o vou pensando.

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  5. Obrigada caopoeta, é sempre um estímulo as vossas palavras.
    jihos
    Rosa

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