21.11.09

Toda a sua vida sonhara ser um profeta da paz. Um belo dia, ergueu os olhos em direcção ao céu, como que a avisar o seu Criador, que se iria fazer ao caminho...
Assim fez. Na bagagem, levou o pouco que tinha dos seus parcos haveres, mas na alma levava toda a sua coragem, fé e vontade de a dar a conhecer ao mundo, com aquela força gigante que lhe enchia o peito, de tanto acreditar!
Adivinho-lhe um brilhozinho nos olhos e um franco sorriso de satisfação, de cada vez que alguém decidia dar-lhe a mão e caminhar ao seu lado, acompanhando-o na mesma odisseia a que se voluntariara ainda na sua adolescência, de total e livre vontade. Estou convencida que escolheu o melhor dos caminhos na encruzilhada dos seus possíveis destinos e que colheu os melhores frutos que a sua árvore da esperança tinha para lhe dar. E tudo isso foi a melhor das recompensas que a vida lhe reservara, desde o primeiro passo que deu na sinuosa estrada da evangelização dos que nada tinham a não ser o calor da sua palavra reconfortante e envolvente, à qual se agarravam com toda a sua fé, confiantes de que para eles ainda haveria uma réstia de esperança, neste mundo de tantas desigualdades sociais. Pelo menos, um pedacinho de céu seria deles um dia, quando fossem chamados na sua hora... enlevados pela tal força invisível mas que cada um sentia a crescer no seu peito, como se de uma riqueza maior se tratasse e à qual poderemos chamar de: força de acreditar!
Quase que arrisco a afirmar, sem receio de me enganar, que foi um homem bastante feliz e se sentiu realizado, levando até ao último dos seus dias a sua grande missão aqui na terra!...

1 comentário:

  1. olá cleo!
    uma prosa que não envelhece!.
    bem vinda a este canto de poetas.
    bom domingo!

    ResponderEliminar