27.11.09


Não te espante poeta!

Rumores na noite densa, escutas?
A águia recolhida ao ninho
Túmulo em lajedo, a carne desfruta
Do silêncio e jaz um copo de vinho!

Levante-te poeta! A fábrica está de pé,
A natureza inda fornece inspiração
As igrejas inda cultivam a fé!
E no céu há um ônibus em exploração!

A lua logo vai servir de morada
Mas ainda é a namorada desejada
Dos solitários pensadores da época!

Levanta-te e vem ver a madrugada
De saias justas e pernas á mostra
Não te espante, o mundo é engenhoca!

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