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Junto ao rio da indiferença
Onde mergulha a desilusão
Estava deitada a quimera
Ao pé da inquietação.
Junto ao vale do infortúnio
Sentada em pose de musa
Estava a tristeza, coitada!
Sozinha, muito confusa.
Sentada em pose de musa
Estava a tristeza, coitada!
Sozinha, muito confusa.
Ao lado, estava o lamento
Trazendo o amor que fenece
De olhos semi-cerrados
Pousando os braços cansados
Sobre os joelhos, em prece.
Trazendo o amor que fenece
De olhos semi-cerrados
Pousando os braços cansados
Sobre os joelhos, em prece.
Por fim, lá estava a agonia
Com a alma a sangrar
Deitada sobre um manto
Sufocada em mudo pranto
Sem vontade de chorar…
Com a alma a sangrar
Deitada sobre um manto
Sufocada em mudo pranto
Sem vontade de chorar…
Gil Moura
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