Serei talvez
Um nada que te incomoda...
Mas não vires a cara ao lado
Quando por mim passas apressado
Porque
Por mais que não me queiras ver
Eu existo!
Sou a prova viva
Da pobreza
Que enche as ruas
Da tua cidade
Incómodo que arranha
Silenciosamente
As paredes da consciência
Sou o que me sobra
Do que queria ser...
O lixo da sociedade
Que ninguém quer ver...
Sou o rosto da esperança ida
Como o tempo que não volta
Sou a companhia
Da minha própria solidão!
O mendigo
O maluco
Como alguns me chamam
Sou parte da paisagem
Destas ruas
Ora cheias
Ora vazias
Que tão bem me conhecem
Sou o nada
Que te incomoda
Ou não!...
Incomoda, mas seguimos impávidos e serenos como se eles não existissem.
ResponderEliminarU belo poema, comum tema tão pertinente.
beijos Lurdinhas
Rosa
Há muitos de nós que lhes causa incómodo, olhar o outro que vegeta, carente de compreensão, e fome...
ResponderEliminarLindo!
Beijinho
Gil