15.5.10

Carpideiras da poesia



Vociferam altaneiras
As vozes!

Já antes haviam galgado
Furiosas
As paredes das gargantas
De esganiçadas carpideiras
Cuspideiras de prantos
Alheios...

Agora
E frigidamente
Espojadas pela poesia
Jorram
Em desatino
Caudais inimagináveis
De improperados rios
De verbos
Tão empobrecida(mente)
Desvestidos de versos...

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