necrófago
quero um cadáver
para um poema
por nascer
dobrado
na ponta
sem nome
palavra
ou dor
que o anuncie
tombado
respira
parado
e em esforço
o silencio
que o peito sente
bem fundo
a noite
sempre
acontece
sobrevivo
entre a espada
e o papel
sampaio(r)ego
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