8.12.10

necrófago









quero um cadáver
para um poema
por nascer

dobrado
na ponta
sem nome
palavra
ou dor
que o anuncie

tombado
respira
parado
e em esforço
o silencio
que o peito sente

bem fundo
a noite
sempre
acontece

sobrevivo
entre a espada
e o papel


sampaio(r)ego



Sem comentários:

Enviar um comentário