21.12.10

O Noturno


Agora é tarde.
Mas eu aqui nos pensassonhos acordados,

Meus olhos demasiadamente esbugalhados,


Trocando de canal todo instante.
Foi-se um dia, foi-se a foice.
Tenho pensadelos nos retratos da estante.


Não quero dormir pesando nos ocorridos.
Talvez essas futilidades me ajudem
A dormir e quebrar esses vidros!


Quero ferir-me em amnésia antisséptica
E curativar as felicidades e ultrapassar
Todos esses incômodos de antiética
Para que, talvez, eu possa bem sonhar...
- Israel Silva. Copyright © 2010. Todos os Direitos Reservados.

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