9.2.11

Da Treslação Fisiônica

Quero construir o sentimento perfeito
quero dançar sempre de dentro pra fora-

e o que é o querer nesta trança líquida
o que é querer qualquer coisa nesta perdição de sílabas truculentas
o que é desejar qualquer coisa

no vão aberto da poesia que escorre
que sua pelos músculos do destino maravilhoso
desejar números ou nomes pra se alcançar o divino de tudo que há
o que é esta canção que sempre me puxa de novo pro âmago de si

-sim!

ela me leva ao âmago de mim

ela é mais que minha entrelinha

é o parágrafo sem bordas nem maiúsculas

é estes espaços forçados pra mostrar a música de fundo

...

são estas retiscências

...

estas retiscências espaçadas dentro do tudo infinito que cabe dentro do si

...

este retiscenciar incólume e pagão

que mais inspira suspiros de impaciência...

Folgazão a brincar de rebarbas
nas fossas áureas dos cadernos verticais

brejeiro metido a fauno, pontuando com uma vírgula a pancada
o soco gostoso do infinito que nos compõe...

...

dando faces fagueiro
em todo branco em que se mergulhe.

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