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Calada a noite na relva
O frio é de transparência ternura
Esquecidos em ninhos alheios
Correm os macacos nas árvores
Amanhece um sobrio outono entre as névoas
A roupa congelada no varal de Friburgo
Pássaros temem o acordar
E balbuciam aos ouvidos
Bem-te-vi de ontem, bem revejo o hoje
A noitada foi ao som de vaga-lumes
Em florestas tropicais
Os mosquitos nem se aquietam na madrugada
Vejo os reversos do passado
Entre os coqueiros da Bahia
O tempo aqui é diferente do de lá
O amor vence o cansaço da espera.
É verde,
E discordo ainda...
Diana Balis, Rio de Janeiro, 20 de maio de 2012. Foto tirada por mim no caminho do mar, Morro da Urca.
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