O vibrar era dos sinos da Igreja Matriz.
O Papai Noel passeava de monociclo em ruas de Salto.
Agradava as crianças e havia despertado um desejo em mim.
O olhar ao homem que amava, conhecia, acoitou a pedra glacial.
Cantigas noturnas de mãos nem dadas foram imprecisas em tempo de espera.
O desejo era a realidade além do feito, o encontro de expectativas, no suave frescor de pingos na chuva, em laços de chitas.
As crianças brincavam no parque.
Os adultos partilham os sabores e olhares,
Nada balbuciam além do silencio...
O oculto desejo foi filmado por atores substitutos.
O discurso era formal, as escolhas eram respeitosas.
Uma linda família e a saborosa sobremesa.
A banda toca seresta e aguarda ao lado.
O tempo jamais apagará todas as lembranças.
Enquanto desato todos os nós de nos,
Um filtro de luz transpassa todas as fofocas.
Uma vida inesperada aconteceu.
Abre-se mais uma porta,
A do portal do amor.
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
Diana Balis.
Gostei muito do seu blogue. Deliciei-me com os seus textos. Abraços
ResponderEliminar