8.12.09

Autómato


Nutrido mecanicamente
Pela eléctrica corrente
Que humedece e estende
Em torno da minha mente


O fósforo que apago
E que se acende quando divago
Me surpreende e nele electrifico
Todo o meu ilustre pensamento vago


Sou fio condutor do abismo
O profundo cabo que se rompe
E culmina num cataclismo
Eléctrico, magnético, frenético


Todo o campo se incendeia
Vira cinza, cinza poeira
A madeira enferruja
E o ardente ferro a suja.


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