ha dias que entro na corrente das aves
atiro peixes ao pensamento
e procuro o fundo sem fundo
a tua luz
fixo pontes no amanhã
crio a palavra navegável
tranço a corda da saudade
no vincar do tempo
aproximo horizontes
entretanto...
se eu soprasse os telhados
com as asas enfurecidas
tu, sombra minha
encostaria a geografia
a janela da linguagem?
ramificaria as sílabas ao vento?
abriria a boca no cair da lembrança?
desfaz os nódulos dos olhos...
e devolva-me os passos
boa tarde!
ResponderEliminarbelíssimo poema!
é uma estrada que principia.