29.10.10

Sonata Do (Não) Saber


Cá para mim
que sou teu,
mas ninguém sabe,
o poema sabe, mas é mudo,
-posso confiar na sacralidade
desta certeza-
todos sabem o que não sabem,
em conversa com meus botões,
me interrogo
se por ventura eu saberei
o que sabe o poema
nesta dúvida me quedo ...

mas, afinal,
o que importa saber?
ainda há pouco faleceu um gato
que nada sabia de astronomia
ó , quanto eu queria
olhar a lua
com o olhar
que nele havia !




Luiz Sommerville Junior , 1109201021,57

1 comentário:

  1. Um dos poemas que mais gosto! Recitado é um espetáculo! Parabéns, meu "Ellié"!

    beijo

    ResponderEliminar